Laurinha e os irmãos discutiam sobre a terceira idade. Uma conversa divertida em meio à comemoração dos 65 anos do Sérgio, o mais velho dos quatro. Falavam sobre vantagens como furar filas nos bancos e não pagar passagem nos ônibus e dos problemas típicos da velhice. Em resposta às gozações de praxe, Sérgio afirmava que, apesar das dificuldades pra fazer xixi, estava com tudo em cima quando chegava a hora.
A certa altura o Dr. Ubiratan Latorre deixou o seu aparente isolamento de olhar fixo na televisão desligada para se juntar aos filhos. Contou que recentemente teve uma conversa sobre a terceira idade com o seu grande amigo João.
“O que mais me admira no João é a alegria de viver. Não importa a situação, ele encontra sempre uma razão para ser feliz. O João diz que a terceira idade é a melhor fase da sua vida, aliás como diz de todas as anteriores. Mas desta vez eu achei que o João está com um problema sério. Reclamou da dificuldade de lembrar umas coisas e me disse na saída: “
“É Bira, acho que eu já estou entrando na quarta idade. E esta quarta idade não promete ser tão boa como as três primeiras”.
Pela enésima vez os irmãos escutaram seu velho pai contar esta história.
Enquanto isso, o João já está tão à vontade lá no andar de cima que foi ele quem abriu a porta e deu as boas vindas ao Luís Mendes, grande amigo dele e do Bira.
Foto by Cariocadorio: “alegria na terceira idade” (Fev. de 2007)
O Dr. Ubiratan Latorre aparece também no artigo “A porta do elevador” (clique aqui) :
Tags: alzheimer, família, quarta idade, tempo, terceira idade, velhice
30 de outubro de 2011 às 15:53 |
É amigo essa quarta idade é bem complicada.
saudades de vocês!
Vamos nos ver antes de chegarmos na terceira? rsrsrsrsrsrsrs
beijuuss
salete
30 de outubro de 2011 às 19:48 |
Com certeza, Salete
Beijos
30 de outubro de 2011 às 21:39 |
Não consigo ser tão otimista quanto a isso.
30 de outubro de 2011 às 22:41 |
Cara se 65 é terceira idade como fico eu, espero que demore para entrar na quarta.
Falando em alegrias, acabo de adquirir um jogo novo de Palos. Tudo Taylor Made. O Drive é o mesmo do Pedro, Gilberto, Manoel. Quero ver se ainda arranjo tempo para bater umas bolas por aqui. Aliás estamos em Miami na casa do Felipe, Aninha, Rumba e Mambo.
30 de outubro de 2011 às 22:48 |
Que beleza…eta vidinha mais ou menos hein…
Você é o símbolo da eterna mocidade.
beijo pra turma toda.
31 de outubro de 2011 às 00:04 |
Esse Pachecão era um Grande sábio!!! Té dia 16 .Bjs
31 de outubro de 2011 às 10:24 |
Aproveitando a boa vontade DasFu que hoje não bloqueou o blog. Sou insistente, um dia eles esquecem e eu aproveito para fazer minha visita.
Terceira idade com disposição e alegria é bom. Já o outro lado, o convívio com aqueles que amamos e que já não participam da mesma forma, é doído
um grande abraço
3 de novembro de 2011 às 09:46 |
Fica para mim a imagem do Seu João, sempre agitado, transmitindo alegria, brincando com as crianças, sendo gentil com as meninas, que agora já estão na terceira idade. Beijos
14 de novembro de 2011 às 07:25 |
Ôi João Carlos, bom dia…
Já comecei a olhar no espelho e procurar por meu pai ou minha mãe e às vezes encontro um ou outro e isto me assusta… Eles me olham atrás do meu ombro como a dizer: Tá vendo? Agora é sua
vez!
Começo a entender o que eles passaram aos 60 anos. Ultimamente tenho me lembrado constantemete de um senhor, meu colega de trabalho no meu primeiro emprego, que vivia com os bolsos cheios de recadinhos para não esquecer determinadas tarefas.
O Grande vilão da velhice é o Mal de Alzheimer, deste eu tenho pavor e se eu pudesse escolher preferiria a morte, com certeza.
Abraços e até mais…
Rita.
14 de novembro de 2011 às 07:57 |
Oi Rita,
Mas não se pode escolher. Afinal, quão antes de ter Alzheimer a gente faria a escolha seria o grande dilema.
Posso te dizer que, mesmo com Alzheimer, meu pai teve uma boa quarta idade.
De qualquer forma é difícil na maioria das vezes.
Abraços
15 de novembro de 2011 às 07:59 |
Grande Pacheco … olhar de águia.
27 de novembro de 2011 às 09:10 |
A Rita Maria tocou no ponto certo, hoje compreendo muitas coisas dos meus falecidos pais, que não entendia quando era jovem, e olha que eles não tiveram doenças degenerativas, mantiveram-se lúcidos e ativos até os últimos dias. Hoje me vejo em algumas situações e lembro não só dos meus pais como também de tios, avós…e vejo que meus filhos não entemdem muitas coisas….só com o tempo…
27 de novembro de 2011 às 12:09 |
Álvaro,
Eu ficava danado quando minha mãe dizia: “Qundo você for mais velho vai entender…”
Ela tinha razão, como aliás em muitas outras coisas.
Este ciclo de conhecimento e de vida é inevitável.
Algo parecido eu coloquei na Viagem ao Século XIX.
https://cariocadorio.wordpress.com/2010/12/31/viagem-ao-seculo-xix/
Abraços
1 de abril de 2012 às 10:00 |
[…] da Lagoa Rodrigo de Freitas (Rio de Janeiro, janeiro de 2012) O Dr. Ubiratan Latorre aparece aqui e aqui. Share this:FacebookGostar disso:GostoSeja o primeiro a gostar disso […]