A celebração da passagem de ano é também chamada réveillon, termo oriundo do verbo francês réveiller, que em português significa “despertar”.
Pois bem, o Rio de Janeiro vai despertar em 2012 com menos vagas que em 2011. Esta foi uma das medidas que a Prefeitura tomou para melhorar o trânsito em Copacabana. Em datas como o Reveillon talvez não haja outra saída.
Mas o problema de estacionamento no Rio não se limita aos dias de festas. É uma constante. Tente ir à praia ou jantar num restaurante de Botafogo mesmo numa terça-feira . Qualquer programa esbarra na dificuldade para estacionar. A situação é muito pior para as pessoas que dependem do carro para se deslocar a trabalho diariamente. Metro e ônibus não suprem as necessidades e táxis são muito caros.
Obviamente, o transporte coletivo tem que ser a prioridade. Mas isto não deve significar impedir a circulação dos carros na cidade. Um transporte coletivo eficiente, abrangente e seguro está longe de ser uma realidade. Mesmo que o tenhamos algum dia, haverá situações onde o transporte individual será necessário. Os BRTs, BRSs (malditas siglas em inglês), VLTs eoutras medidas favorecerão certos bairros mas não são suficientes.
É preciso aumentar o número de vagas disponíveis. A saída são estacionamentos subterrâneos. Junto com estes, ou até mesmo antes destes, passagens subterrâneas para melhorar o fluxo de veículos, como em outras grandes cidades. Nos bairros estes estacionamentos devem beneficiar primeiro aos moradores, que teriam prioridade em adquirir ou alugar as vagas.
O que não é inteligente é construir um estacionamento sem as respectivas passagens subterrâneas como foi feito na Av. Pres. Antonio Carlos, por exemplo. Seria óbvio fazer a passagem subterrânea no cruzamento desta com a Alm. Barroso e Pres. Wilson. Algo semelhante poderia ser feito no cruzamento da Rio Branco com a Pres. Vargas.
Os grandes vilões do trânsito e da ordem são os estacionamentos irregulares que infestam o centro da cidade tornando intransitáveis ruas como São Bento, Acre e outras na região. O mesmo se aplica a Copacabana, Ipanema e qualquer bairro onde os flanelinhas e agora os “Valets” se apossaram das ruas.
Construir estacionamentos associados a passagens subterrâneas e coibir abusos permitiria ordenar o trânsito, servir ao cidadão e, junto com um razoável sistema de transporte coletivo, dar uma cara de primeiro mundo ao Rio de Janeiro.
Foto obtida no site skyscrapercity.com.