No final do século XV, os navegantes portugueses chegavam à América doentes e cansados. A escassez de alimentos a bordo levava à morte boa parte das tripulações. Com este cenário desolador, esta ilha do Caribe parecia uma dádiva de Deus, o próprio paraíso. Bem alimentados com as frutas e legumes colhidos na ilha, os portugueses curavam-se do escorbuto e recuperavam as forças. Por isso deram-lhe o nome de Ilha da Curação.
A ilha passou para as mãos de espanhóis e depois para os holandeses da Companhia das Índias Ocidentais. O nome ficou mas como pronunciar “ão” não é pra qualquer um, a ilha acabou sendo conhecida como Curaçao, mantendo-se pelo menos o “ç” do português.
Curaçao é hoje um país independente onde se falam vários idiomas, inclusive o local papiamento, mistura das diversas culturas citadas anteriormente. Mas o povo fala o que for necessário para se comunicar, o que dá um toque de latinidade à sua mais recente formação holandesa.
Nas ruas de casas coloridas, nas praias de águas verdes caribenhas e nos cassinos cheios de luzes de Curaçao, se vêem desde os branquíssimos europeus do norte até os mais negros descendentes da África, passando por uns tantos latinos de origem ibérica.
Enfim, um belíssimo lugar, como soem ser sempre aqueles que visitamos quando estamos de férias.
Fotos by Cariocadorio: Curaçao, julho de 2012.
Nota: o barco que aparece singrando as águas pouco tranquilas de Curaçao é o mesmo que está no cais do tranquilo canal da entrada do porto na primeira foto.