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Curaçao, a Ilha da Curação

27 de julho de 2012

As Cores de Curaçao

No final do século XV, os navegantes portugueses chegavam à América doentes e cansados.  A escassez de alimentos a bordo levava à morte boa parte das tripulações.  Com este cenário desolador, esta ilha do Caribe parecia uma dádiva de Deus, o próprio paraíso.  Bem alimentados com as frutas e legumes colhidos na ilha, os portugueses curavam-se do escorbuto e recuperavam as forças.  Por isso deram-lhe o nome de Ilha da Curação

O mar nem sempre é de almirante

A ilha passou para as mãos de espanhóis e depois para os holandeses da Companhia das Índias Ocidentais.  O nome ficou mas como pronunciar “ão” não é pra qualquer um, a ilha acabou sendo conhecida como Curaçao, mantendo-se pelo menos o “ç” do português.   

Natureza exuberante

Curaçao é hoje um país independente onde se falam vários idiomas, inclusive o local papiamento, mistura das diversas culturas citadas anteriormente.  Mas o povo fala o que for necessário para se comunicar, o que dá um toque de latinidade à sua mais recente formação holandesa.  

Nas ruas de casas coloridas, nas praias de águas verdes caribenhas e nos cassinos cheios de luzes de Curaçao, se vêem desde os branquíssimos europeus do norte até os mais negros descendentes da África, passando por uns tantos latinos de origem ibérica. 

Enfim, um belíssimo lugar, como soem ser sempre aqueles que visitamos quando estamos de férias.

Fotos by Cariocadorio: Curaçao, julho de 2012.
Nota: o barco que aparece singrando as águas pouco tranquilas de Curaçao é o mesmo que está no cais do tranquilo canal da entrada do porto na primeira foto.  

Autódromo do Rio, últimos suspiros

15 de julho de 2012

No final da década de 70, após muita politicagem e enganação, foi inaugurado o novo Autódromo do Rio do Janeiro, em Jacarepaguá, no mesmo lugar do antigo AIR.  A vitória da Alan Khodair na Stock Car de hoje marca o último suspiro do Autódromo Nelson Piquet. 

F1, Largada em 1987

Copersucar F5A, Rio 1978

César Maia, o Prefeito da Obras Mal-vindas, assinou sua sentença de morte em sua primeira administração quando deixou que a Fórmula 1 fosse para São Paulo.  Na segunda, mutilou o autódromo com algumas mal acabadas arenas de esporte.    
Curiosamente, as últimas administrações da cidade têm o estranho prazer de destruir o que está feito. O autódromo, o recente velódromo, o Maracanã (onde se gastou fortunas em reformas nas administrações Garotinho e Garotinha) e a Perimetral são bons exemplos.

Em vez de criar infra-estrutura para horizontalizar a cidade por novas áreas, com as óbvias vantagens que isto oferece, os governos preferem a opção pelas áreas mais valorizadas.  Sabe-se lá qual o critério.
O espaço do autódromo permite que a cidade respire um pouco sem a opressão de prédios e shoppings.  No projeto para a região haverá um adensamento após a realização das Olimpíadas. Já imaginou a zona sul sem Jardim Botânico, Parque Lage e Jóquei Club?

Fitti-Porsche, um ícone no AIR

O prometido novo autódromo do Rio, em Deodoro, continua derrapando nas ensaboadas curvas do circuito político-ambiental.  A primeira localização anunciada pela prefeitura parou no pit-stop do INEA.  Assim como nos carros da equipe do Andrea Matheis na corrida de hoje, os fiscais identificaram irregularidades e os mandaram pro fim da fila. Só que nos trâmites ambientais isto significa zerar o relógio do prazo de aprovação que o próprio órgão gestor se outorga.

Como o que interessa mesmo são as Olimpíadas, pouco  importa às autoridades se haverá ou não um autódromo no Rio de Janeiro. Autódromo não rende voto nem ajuda na especulação imobiliária.  Exceto quando se trata de destruí-lo, é claro.

Fotos: Fitti-Porsche no AIR circa 1969 (obtida no site obvio), F1 no Rio, 1978 e 1987 (acervo Cariocadorio).   

Acidentes recorrentes na Rio-Petrópolis

1 de julho de 2012

Acidente na Rio-Petrópolis

O licenciamento da nova BR-40 apodrece nos arquivos da ANTT, do INEA ou outra destas siglas que representam lentidão nas análises do progresso nacional. Enquanto isso a concessionária da rodovia parece não perceber que não basta avisar que a curva é perigosa.

Ali no Km 95,5 os caminhões tombam a cada semana. Sempre na mesma curva causando engarrafamentos quilométricos na estreita pista da subida para Petrópolis.  Junto com eles desperdício de tempo e combustível, excesso de CO2  na atmosfera do Rio e outros contratempos.  Nada, porém, comparável ao que acontece com o infeliz motorista quando a mureta da pista invade a frágil cabine do caminhão.

Se não modificarem o traçado da tal curva, continuaremos a encontrar os caminhões tragicamente tombados ali.

Foto by Cariocadorio (30 de junho de 2012)