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Copa da Suécia, 1958

16 de maio de 2014

Aos 3 anos de idade, eu não estava nem aí pra copa do mundo. Mas para os brasileiros que sofreram a final de 50 no Maracanã,  estava mais do que na hora de vencer uma Copa do Mundo.

Tabela da Copa de 58 – Capa

Anos mais tarde, fiquei vidrado ao encontrar esta tabela da Copa da Suécia, guardada pelo meu irmão. A tabela foi distribuída pela Contigráfica, uma tradicional papelaria de Laranjeiras.  Jogo após jogo, minha mãe foi preenchendo o  resultado dos jogos e anotando as seleções das quartas-de-final, da semi e da final.

Tabela da Copa de 58 - Resultados

Tabela da Copa da Suécia. Clique para ampliar.

A copa da Suécia é a primeira da qual se tem grandes e felizes lembranças. Os dribles de Garrincha, o chapéu do Pelé dentro da área e o choro do rei ao final são algumas destas imagens inesquecíveis.  O gesto do capitão  Bellini levantando a taça tornou-se um ícone dos campeões das copas e inspirou a estátua em frente ao Maracanã (clique aqui para ver).

O choro do rei

A guerra fria ia de vento em popa.  Duas nações da cortina de ferro, Rússia e Iugoslávia, chegaram até às oitavas-de-final mas ficaram por ali mesmo.   Desde pequenos nos acostumamos a ver a Iugoslávia, que já não existe,  como uma referência em esportes.  Nas copas mais recentes pouco apareceram os países do leste europeu. As coisas mudaram muito nestes últimos sessenta anos.

O caminho brasileiro até o título não foi tão fácil como fazem parecer os 5 x 2 contra França e Suécia.  O Brasil sofreu com a Inglaterra e teve que lutar muito para superar  a seleção dos empates, País de Gales, com um sofrido 1 x 0. Estes caras nunca mais apareceram nas copas.

A vitoriosa geração de 58 vai se despedindo de nós. A cada Copa temos menos deles para homenagear em vida.
Até a Contigráfica se foi … Pouco após a copa da África do Sul ainda continuava no mesmo lugar, fornecendo material escolar a gerações de estudantes de Laranjeiras, particularmente os do Liceu Franco-Brasileiro, como o meu irmão naquela  época e eu, anos mais tarde.  Mas seu tempo também passou. Clique aqui para ver sua história.

A história das copas por Cariocadorio:
https://cariocadorio.wordpress.com/category/copas-do-mundo/

Fotos: tabela da copa, arquivo Cariocadorio; Bandeira da Suécia e O Choro do Rei, fotos obtidas da internet.

Minha Grande Família II

18 de outubro de 2010

Uma certeza nos fins de semana da minha infância era a visita à casa dos meus avós.  Vivia de jogos de cartas, não sei porque eu sempre ganhava no roba-montinho, buscar figuras de bichos nas nuvens, comer biscoitinho de natas… Na televisão cantavam o Francisco José, o Aguinaldo Rayol,  paixão da minha avó,  a Ellen de Lima e outros.  Apresentadores eram o Moacir Franco. o Flávio Cavalcante (um chato) e uma loira chamada Hebe Camargo.  O Chacrinha não era popular naquela casa mas como era engraçado o José Vasconcelos.  Imperdível o Repórter Esso apresentado pelo Gontijo Theodoro. 

Das Laranjeiras pegávamos uns dois ônibus, ou lotações, baldeando na cidade antes de seguir para o Engenho Novo.  Raramente um Chevrolet daqueles pretos que dominavam a praça. Um luxo. Depois as coisas mudaram um pouco e lá chegávamos na Vemaguete azul clara.  

Era tempo de pipas e balões de São João na época certa, com direito a fogueira, melado e canjica.  Por que será que naquela época os balões não causavam tanto dano?  Tempo de procurar presentes de Natal nos sapatos escondidos pela casa.  De futebol e bolas de gude inocentes no meio da rua.  No botequim da esquina encontrava o meu tio e meu pai com ele nas conversas com os velhos amigos.  Orgulhoso do meu guaraná tão parecido com a cerveja dos mais velhos. 

Isso foi lá pelos bons finais de anos 50 e início dos 60.   Do século passado, que fique bem entendido. Por aquelas bandas o cenário não mudou muito mas já não há cadeiras nas calçadas, portões abertos e gente tranquila nas ruas. Estou certo que voltarão, assim que as UPPs cobrirem um Rio de Janeiro inteiro. 

Foto: Minha Grande Família II (1958) –  acervo pessoal Cariocadorio, proibida a reprodução sem autorização prévia. 

Copa de 58, Suécia

19 de abril de 2010

É claro que, aos 3 anos de idade, eu não estava nem aí pra copa do mundo. Mas o resto da família sabia muito bem da importância do evento. Para os meus pais, que assistiram a final de 50 no Maracanã,  estava mais do que na hora de vencer uma Copa do Mundo. Só fui saber da copa da Suécia muitos anos mais tarde, na época da copa seguinte, quando meu interesse pelo esporte já começava a se aguçar.  

Fiquei vidrado ao ver esta tabela da Copa da Suécia guardada pelo meu irmão, louco por futebol já naquela época.  A tabela foi distribuída pela Contigráfica, uma tradicional papelaria de Laranjeiras.  Jogo após jogo, minha mãe foi preenchedo o  resultado dos jogos e anotando as seleções das quartas-de-final, da semi e da final.  Hoje chamam isto de “play-offs”, coisa mais sem graça que nada tem a ver com o futebol.    

Tabela da Copa da Suécia. Clique para ampliar.

A copa da Suécia é a pimeira da qual se tem grandes lembranças. Os dribles de Garrincha, o chapéu do Pelé dentro da área, o choro do rei ao final e a imagem de Beline levantando a taça são apenas algumas destas imagens inesquecíveis.  

O choro do rei

O caminho brasileiro até o título não foi tão fácil como fazem parecer os 5 x 2 contra França e Suécia.  O Brasil venceu com dificuldade a Inglaterra e teve que lutar muito para superar  a seleção dos empates, País de Gales, com um sofrido 1 x 0. Nunca mais estes caras apareceram.   

A guerra fria ia de vento em popa.  Duas nações da cortina de ferro, Rússia e Iugoslávia, chegaram até às oitavas-de-final mas não foram bem.   Desde pequenos nos acostumamos a ver a Iugoslávia, país que já não existe,  como uma referência em esportes.  Nas copas mais recentes pouco apareceram os países do leste europeu. As coisas mudaram muito nestes cinquenta e poucos anos.    Bem, na verdade nem tudo.

A Contigráfica continua no mesmo lugar, fornecendo material escolar a gerações de estudantes de Laranjeiras, particularmente os do Liceu Franco-Brasileiro, como o meu irmão naquela  época e eu, anos mais tarde.

A história das copas por Cariocadorio:
https://cariocadorio.wordpress.com/category/copas-do-mundo/

Fotos: tabela da copa, arquivo Cariocadorio; fotos obtidas da internet.