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Copa da Espanha, 1982

3 de junho de 2014

O menino Nilton Santos se preparava para assistir o jogo mais importante da sua vida. Não era por acaso que ostentava esse nome glorioso.  Exigência do Vovô Santos que não permitiria  outro que não fosse o do seu maior ídolo.  Na verdade, queria dar este nome ao  próprio filho mas vovó Marlene decidiu homenagear seu recém falecido pai e batizou o menino de  Edilson.   Tudo bem, pois o pai de Nilton Santos desde pequeno atende pelo apelido de Didi.

A família se reuniu para ver Brasil x Itália. Nilton Santos vestiu a camisa canarinho e se enrolou na bandeira do seu amado Botafogo.  Antes do jogo a  TV mostrava  os gols da formidável campanha brasileira. Nada parecido desde 70.  Vitória apertada sobre a Rússia na estréia e surras em Escócia e Nova Zelândia. 

Melhor ainda, o convincente 3 x 1 na Argentina ao som de “voa canarinho voa”.   E como jogava bonito o time de Telê!  Quantos craques, Zico, Sócrates, Falcão, só pra falar nos mais votados. E no gol ninguém menos que Waldir Peres…bom, nada é perfeito.

Mas a coisa não começou como esperado.  De cara Paolo Rossi abria o marcador.  Mas o que é isso?  Como aquela Itália que chegou ali aos tropeços, empatando os três jogos da primeira fase, ia criar problema?  Claro que não, Sócrates empataria logo depois. Fez-se a ordem e a alegria voltou a imperar na casa da família Santos. Alegria que foi esbarrar em outro gol do endiabrado italiano. No segundo empate do Brasil a confiança retornou até que Paolo Rossi fizesse o terceiro, colocando a Itália definitivamente na frente.

O jogo chegou ao fim.  Consumava-se a tragédia do Sarrià.  No apartamento de Niterói ouvia-se um silêncio sepulcral. Diante da TV, Nilton Santos não podia acreditar no que via.  Em prantos, o menino buscou a saída nos olhos do pai:

“E agora, papai?”
“Agora fodeu!”,  sentenciou um perplexo Didi.

Foi um duro golpe naquela que foi uma das melhores equipes de todos os tempos.  Pouco importa que a própria Itália viesse a ser campeã pela terceira vez igualando o número de conquistas do Brasil.

A história das copas por Cariocadorio:
https://cariocadorio.wordpress.com/category/copas-do-mundo/

Fotos obtidas na Internet

Copa de 82, Espanha

29 de maio de 2010

Naquele 5 de julho de 1982, Nilton Santos se preparou para assistir o jogo mais importante da sua vida. Não era por acaso que ostentava este nome glorioso.  Vovô Santos não permitiria qualquer outro que não fosse o do seu maior ídolo.  Já bastava que a mulher não lhe havia permitido colocar este nome no filho, exigindo batizá-lo de Edilson. Marlene homenageava  assim o seu próprio pai que não teria a oportunidade de conhecer o neto.  Tudo bem, pois o pai de Nilton Santos acabou sendo conhecido como Didi. 

A família reuniu-se para este grande dia. Nilton Santos vestiu sua camisa canarinho, presente do avô, e enrolou-se na bandeira do seu amado Botafogo.  Antes do jogo a  TV mostrava  os gols da formidável campanha brasileira. Nada parecido desde 70.  Depois da vitória apertada sobre a Rússia na estréia, o Brasil arrasara Escócia e Nova Zelândia. 

Melhor ainda, aplicou um convincente 3 x 1 na Argentina ao som de “voa canarinho voa”.   E como jogava bonito o time de Telê!  Quantos craques, Zico, Sócrates, Falcão, só pra falar nos mais votados. E no gol ninguém menos que Waldir Peres…bom, nada é perfeito.

Mas a coisa não começou como esperado.  De cara Paolo Rossi abria o marcador.  Mas o que é isso?  Como aquela itália que chegou ali aos tropeços, empatando os três jogos da primeira fase, ia criar problema?  Claro que não, Sócrates empataria logo depois. Fez-se a ordem e a alegria voltou a imperar na casa da família Santos. Alegria que foi esbarrar em outro gol do endiabrado italiano. No segundo empate do Brasil a confiança retornou até que Paolo Rossi fizesse o terceiro, colocando a Itália definitivamente na frente. 

O jogo chegou ao fim.  Consumava-se a tragédia do Sarrià.  Na sala do apartamento de Niterói ouvia-se um silêncio sepulcral. Diante da TV, Nilton Santos não podia acreditar no que via. Tinha que haver uma saída.  Quase em prantos, o menino buscou-a nos olhos do pai:

“E agora, papai?”
“Agora fodeu!”,  sentenciou um perplexo Didi.

A história das copas por Cariocadorio:
https://cariocadorio.wordpress.com/category/copas-do-mundo/

Fotos obtidas na Internet