Como tantas outras, uma família paulista visitava o Rio de Janeiro.
Com suas praias, monumentos naturais e Carnaval, o então Distrito Federal era o centro das atenções do país. Como se não bastasse, forjava-se a geração da Bossa-Nova, o movimento musical e cultural que levaria a cidade a outro patamar de cultura. Esta geração de artistas formidáveis, levou o Brasil do Rio de Janeiro para o mundo. O Rio era realmente a cidade maravilhosa, bem cuidada e sem problemas de violência. Mazelas sempre houve mas nada parecido com o que existe hoje.
Mas o Rio estava prestes a ter as suas verbas transferidas para a construção de Brasília. O começo da decadência da cidade cujo efeito seria notado um par de décadas depois, agravada por péssimos governos locais e o descaso do governo federal.
Apesar da violência, o trânsito caótico e a poluição, há tanto o que ver na cidade que ela ainda é um importante destino turístico. Interessante que os ícones do Rio de Janeiro, suas praias, o Pão de Açúcar, o Maracanã e o Corcovado estão aí desde os tempos do passeio retratado neste artigo.
O que mudou, não foi para melhor.
A Copa do Mundo e a Olimpíada vêm aí. Isto tudo nos custará caríssimo mas espero que ao final de 2016 tenhamos uma rede de transportes renovada, um Porto Maravilha de nos deixar orgulhosos, um aeroporto Antonio Carlos Jobim digno do nome que leva (por enquanto é melhor chamar de Galeão mesmo) e diversas obras de infra-estrutura que possam melhorar a vida do cidadão e trazer mais riqueza para a cidade. Temos a oportunidade de revitalizar áreas degradadas há décadas.
Temos que fazer a nossa parte, como mínimo, cobrar para que tudo dê certo.
Fotos do acervo pessoal do Cariocadorio. Passeio ao Pão de Açúcar, 1955. Proibida a reprodução sem autorização prévia.