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Dia de festa

24 de fevereiro de 2010

Contador de piadas

Esta festa de 2 de agosto de 1960 é a minha mais nítida memória da infância.  Talvez por estar tão bem documentada com fotos. Lá estiveram quase todos que faziam parte do meu mundo familiar, que durante tanto tempo foi o mundo que conheci.   Celebrávamos o meu aniversário. Eu estou aí, pequenininho, de costas.  O bolo em cima da mesa, ornamentado com o Falcão Negro, foi feito com carinho e competência pela tia Vinícia.

Pois foi ela que nos trouxe, em um certo 24 de fevereiro, aquele que é o centro das atenções nesta foto.  O contador de piadas.

O Studebaker

Em todas as festas da família chegava uma hora que a turma se concentrava para ouvir as piadas do Ronaldo.  Tinha sempre uma nova e muito bem contada, em geral com com aquela picardia que hoje soaria quase inocente. A vida é assim mesmo, já não temos tantas festas com antigamente mas, sempre que surge a oportunidade, as piadas nos divertem.

Do tempo desta foto de fevereiro de 1956 eu confesso que não me lembro bem, o que é muito justo.  Assim como é justo que o Ronaldo não tivesse jeito com crianças, afinal ainda estava longe de formar sua bela família com tantos filhos e netos.   O fato é que estamos juntos . Aqui nós servimos de desculpa para mostrar a grande estrela desta foto tirada em Ibicuí: o Studebaker do vovô que eu diria, sem grande convicção, ser de 1949. 

Meu primo

 
Já que começamos, vamos continuar voltando no tempo até chegar em 1942.  A foto foi dedicada aos meus pais em 24-3-1942 e bem guardada até hoje.

Vendo essa foto, não sei porque me lembrei de uma daquelas brincadeiras rápidas que não faltam no repertório do meu primo:
“Tô com o olho anuviado”.

Fotos: acervo pessoal Cariocadorio (proibida a reprodução sem autorização prévia)

Rio de Copas e Olimpíadas

22 de fevereiro de 2010

Após décadas de contínua degradação, o Rio de Janeiro tem uma real oportunidade de desenvolvimento. O essencial alinhamento de interesses políticos nas esferas municipal, estadual e federal assegura o apoio de todas estas forças.  A estabilidade econômica permite esperar que estejam disponíveis os recursos necessários para este desenvolvimento. Cabe ainda defender os direitos sobre os royalties do petróleo para que os recursos do estado sejam mantidos. 

Praça Mauá vista do píer

Por outro lado, os eventos internacionais da Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 nos obrigam a firmar compromissos com a comunidade internacional.  Estes eventos, entretanto, não devem ser vistos como garantia de que os recursos que serão aportados à cidade serão gastos em benefício do Rio de Janeiro.  Muito menos são garantias de que serão aplicados com o necessário cuidado com o bem público.  O retumbante fracasso dos Jogos Pan-americanos de 2007 em deixar para a cidade um legado mínimo de obras de infra-estrutura que poderiam trazer benefícios para o cidadão carioca não nos deixa ter perspectivas elevadas.  

Infelizmente este processo está começando francamente mal.  As notícias sobre as formas de financiamento dos estádios da copa do mundo indicam que a conta para o nosso bolso será muito mais alta do que havia sido prometido.  A captação de recursos privados esbarra na fragilidade das análises de viabilidade econômica e acabam não acontecendo. Em suma, estes eventos em vez de contribuir para o desenvolvimento das nossas cidades,  particularmente o Rio, já prometem ser mais um dreno dos cofres das mesmas o que impactará negativamente na capacidade de realização de obras realmente úteis para o cidadão.

Em outra frente, os planos megalômanos de construção do Porto Maravilha, realmente uma maravilha mesmo que o índice de materialização seja da ordem de 50%, já dá sinais de muita retórica e pouca obra.  Anunciadas pomposamente em setembro passado, a primeira fase está custando a decolar.  A belíssima placa com mais de 40 m colocada na praça Mauá é tudo o que se vê da obra no píer até o momento, passados 4 meses.

Mas independente disso temos que seguir discutindo o que será melhor para o Rio de Janeiro.  Mal ou bem alguma coisa acabará acontecendo. 

  • Qual deverá ser a prioridade do Rio de Janeiro?
  • Onde deverão ser empregados estes recursos?
  • Quem se incumbirá de cuidar para que o nosso dinheiro tenha o destino de melhorar o Rio de Janeiro para as futuras gerações e não apenas alguns e suas futuras gerações?

Por enquanto ficam as perguntas mas breve voltarei com pontos mais específicos sobre o futuro do Rio de Janeiro.

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Foto by Cariocadorio: Paredes do Rio, a Praça Mauá desde o Píer (fevereiro de 2010)

Casa Tolle

15 de fevereiro de 2010

Casa Tolle, o inglês

 Meu avô Abel trabalhou em uma certa Casa Tolle, em São Paulo, no início do século XX.  A recente “descoberta” de uma fotografia despertou um interesse maior nesse estabelecimento.  A fotografia de 1910 está no artigo “O Guarda-Livros” (clique aqui) que publiquei em 31 de janeiro.  A foto  permite boas ampliações.   No detalhe ao lado, a  vetusta figura do homem que parece ser o dono ou o chefe do escritório remete à participação estrangeira na Casa Tolle.   
Os recursos da internet me levaram a um livro disponível no “Arquivo Histórico de Cubatão”, através do site Novo Milênio
Na própria descrição do site:  “Um volume precioso para se avaliar as condições do Brasil às vésperas da Primeira Guerra Mundial é a publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd’s Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas”.   

Casa Tolle e suas fábricas

O que mais chamou a atenção foram as fotografias das diversas fábricas da Casa Tolle.  Elas retratam as mesmas instalações que estão nas fotos ao fundo, no alto, do escritório de São Paulo (Foto completa aqui). Pode-se ampliar o detalhe e comparar com as fotos do livro.  No detalhe abaixo, a fábrica de licores, que é a de #5 da foto do livro.
1. A fábrica da Casa Tolle
2. Seção de águas minerais
3. Seção de refino de açúcar
4. Fábrica de chocolates
5. Preparação de licores   

Casa Tolle, licores

Um pouco da história da indústria brasileira, de finais do século XIX até antes da primeira grande guerra,  está descrita neste precioso livro.  Nela também a explicação da origem do chefe do escritório mencionado acima.  Não tinha mesmo jeito de brasileiro nem de portuiguês …   

O trecho sobre a Casa Tolle está reproduzido abaixo.   

Companhia Indústria e Comércio, Casa Tolle – Os produtos de primeira ordem manufaturados por esta Companhia lhe têm granjeado uma grande reputação, não só em São Paulo como em todo o Brasil. Os ramos de atividade que exercem são a fabricação de chocolate, refinação de açúcar, destilação de álcool e a preparação de Cusenier e águas de mesa.   

A fábrica principal fica à Rua Piratininga, 27, e tem uma frente de 60 metros e uma área de 18.000 metros quadrados. Aí produzem diariamente de 2.000 a 3.000 quilos de bombons de chocolate de várias qualidades, com a marca Abelha, e pode-se sem hesitação afirmar que não é possível obter melhor.   

A produção diária da refinação de açúcar é de 300 sacos de 60 quilos em média. O açúcar em bruto provém de engenhos espalhados por todo o Brasil. Uma outra seção se ocupa do preparo de águas gasosas, das quais a produção é a seguinte: 2.000 sifões de soda e 2.000 garrafas de águas gasosas adocicadas.   

Ainda mais importante é o preparo dos famosos produtos Cusenier, para o que tem a Companhia o monopólio e uma instalação similar  à usada pelos fabricantes de Cusenier em França e que trabalha sob a direção de práticos da casa francesa. O produto é de largo consumo no Brasil, sendo para ele usadas garrafas iguais às do produto francês. Uma grande quantidade de água gasosa Bilz é também preparada nesta seção.   

A fábrica na cidade tem também um maquinismo completo para torrar e moer café, produzindo 3.000 quilos diariamente de café em pó. Tanto o açúcar  como o café são vendidos com a marca Periquito, e, devido à excelência desses produtos, a sua procura nos mercados paulistas é cada vez maior. O maquinismo desta fábrica é movido por um motor a vapor de 450 cavalos e também por 6 dínamos elétricos de uma força total de 2540 cavalos. Emprega o estabelecimento cerca de 170 pessoas.   

Para destilação do álcool, tem a Companhia uma outra fábrica perto da estação de estrada de ferro Varzea e da São Paulo Railway, a uma distância de cerca de 1¼ hora de São Paulo, ocupando uma parte de um terreno de 57.200 metros quadrados de propriedade da Companhia. Esta fábrica destila 50.000 litros de álcool mensalmente, extraído do milho, sendo esta a única fábrica no Brasil que destila álcool de milho. Os maquinismos, que são dos tipos mais modernos, provêm da França e Bélgica e são tocados por motores com 250 cavalos, sendo a fábrica e suas dependências iluminadas à luz elétrica produzida no estabelecimento. Do álcool destilado, cerca de metade é usado na fabricação das águas Cusenier e o restante vendido no lugar. Cerca de 70 homens trabalham nesta seção.   

A Companhia de Indústria e Comércio, Casa Tolle, é na realidade a amalgamação de três companhias: a Companhia Indústria e Comércio, a Companhia Refinadora Paulista e a Société Anonyme des Distilleries Brésiliennes. A firma primitiva, Casa Tolle, foi fundada em 1885 e organizada em companhia nos princípios de 1911 com o capital de Rs. 1.500:000$000, em ações de Rs. 100$000 cada uma.   

Os diretores são os srs. Edward Wysard, presidente; W. Smith Wilson, vice-presidente; J. Copinger-Walsh, diretor-gerente, e B. D. G. Ball, secretário. O sr. Copinger Walsh, que está na América do Sul há 20 anos, ocupa-se dos interesses esde a amalgamação. O escritório da Companhia fica à Rua da Quitanda, 12.   

Fotos: Casa Tolle, o inglês; Casa Tolle, licores  (Acervo pesooal Cariocadorio. Proibida a reprodução sem autorização prévia) Casa Tolle e suas fábricas (do livro: Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd’s Greater Britain Publishing Company, Ltd.)
Link para o site Novo Milênio:
http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0300g39eg10.htm

Carnaval em outros tempos

13 de fevereiro de 2010

Marina no Carnaval de 44

Este ano, como há muitos anos, fico longe do carnaval carioca.  Eu nunca fui mesmo muito animado, ao contrário dos meus pais, que se conheceram no carnaval de 45, e da maioria dos cariocas ao longo do século passado. Era comum ver o pessoal fantasiado nas ruas e o baú de fotos da família está cheio de exemplos desta alegre prática.   

Até lá pelos anos sessenta e início dos setenta os pais ainda vestiam as cirianças com fantasias pelo menos para celebrar o carnaval.  Eu já não me lembro de ter vestido meus filhos com fantasias.  Antigamente, nesta época, as rádios só tocavam marchinhas e músicas de carnaval.  Minha mãe conta que não se ouviam outras músicas nas rádios.    

Myrthes, a Cigana Rica de 49

Cariocadorio no Carnaval de 66

O mundo mudou muito e os carnavais também.   No carnaval de 1965 (ou 66 ou por aí), meu pai e eu acordamos muito cedo e fomos para a Av. Presidente Vargas na esperança de ver um pouco do desfile das escolas de samba.   E vimos muito muito bem. Ficamos por ali olhando pelas aberturas entre uma arquibancada e outra. De repente o guarda deixou que um grupo de pessoas subisse na arqubancada de madeira.  Dali assistimos tranquilamente uma belíssima Vila Isabel que homenageou a Disney e, se não me engano,  perdeu pontos por isso.  Logo depois a Mangueira com o inesquecível samba da homenagem a Monteiro Lobato.  Jamais esqueci este carnaval e durante muito tempo cantava inteiro o samba de Mangueira:  “e assim, neste cenário de real valor, fez-se o mundo encantado, que Monteiro Lobato criou” ….  

Carnaval em Família, 1970

 Com o incentivo do Tio Iro que não perdia um carnaval, brincamos diversos carnavais formando um grupo em família.  A fantasia era a mesma pra todo mundo.  Um desses foi no ano de 1970, no clube Trasmontano na Tijuca.  Depois disso, apenas pequenas incursões no “Escravos da Mauá”, mesmo asim só nos ensaios das  sextas-feiras.  

Carnaval de 2007

Durante algum tempo assisti ao desfile pela televisão. Até dormir em frente da tela, é claro.  Recentemente senti vontade de voltar à Avenida para ver as Escolas de Samba.  Gostei, mas agora acho que já vi o suficiente.  O carnaval de hoje me atrapalha mais a vida do que me diverte.  Coisas da idade…

Fotos: Carnavais de 45, 49, 66 e 70 (acervo pessoal Cariocadorio, proibida a reprodução sem autorização prévia); Carnaval de 2007, by Cariocadorio.  

Estádio do Fluminense

9 de fevereiro de 2010

Estádio do Fluminense - Jan 1969

A seção das arquibancadas do estádio do Fluminense F.C. que ficava atrás do gol foi eliminada em 1962 para permitir o alargamento da Rua Pinheiro Machado.  Mais adiante, na continuação da mesma rua logo após o Palácio Guanabara, foi aumentado o corte no morro que se ve na foto para facilitar o acesso a Botafogo com o mesmo objetivo:

Rua Pinheiro Machado, Jan 1969

A ligação entre as zonas Norte e Sul da cidade, entre Catumbi e Laranjeiras, através do túnel Santa Bárbara, inaugurado em 1963. Nesta época ainda não havia o Túnel Rebouças e 0 percurso entre as zonas norte e sul era feito passando pelo centro ou através do túnel da Rua Alice, em Sta. Teresa.

As obras na Pinheiro Machado levaram muito tempo. Na minha memória, durante o período das obras de 58 a 62, podíamos brincar e jogar futebol em plena  rua Pinheiro Machado.  Não dá pra imaginar  algo semelhante nos dias de hoje.

Observam-se na primeira foto o prédio administrativo do Palácio GB (junto ao morro) e a arquibancada das piscinas do Fluminense após o estádio.  Estas obras foram feitas entre 1962 e 1969, uma vez que não aparecem na sequencia de fotos da derrubada das arquibancadas do estádio anteriores a 1962.

Estádio do FFC, 1962

É curioso que, além das obras mencionadas acima, apenas a colocação da cobertura do posto de gasolina que aparece na foto da rua modificaria de forma significante a imagem de 1969.

Estádio do FFC, 1962

Na foto menor, ao lado,  vemos o momento anterior à demolição da aequibancada para dar lugar às novas pistas da rua.  Já haviam sido demolidas as casas que ficavam na frente do estádio.

A última foto, provavelmente de 1958, mostra o estádio  completo, antes do início do alargamento da Pinheiro Machado.    O pequeno prédio no canto esquerdo da foto ainda está lá.  A fotografia  mostra uma parada no campo do Fluminense que foi usado para muitos eventos além do futebol.  Creio que foi aí que Villa Lobos comandou um imenso coro formado por alunos das escolas do Rio de Janeiro.

Estádio do Fluminense, 1958 (?)

Complementando as informações, clique aqui para ver a belíssima foto aérea da região, de 1936,  que foi recentemente postada no FotoLog “Tempo Antigo”.  O prédio de onde foram tiradas as fotos acima ainda não existia na época.

Mais detalhes nos FotoLogs “Arqueologia do Rio de Janeiro” e “Antiquus” nos links abaixo, com foto de 1962 e mapas de 1960 e 1968.

http://fotolog.terra.com.br/bfg1:606
http://fotolog.terra.com.br/bfg1:605

Grandes Veleiros no Píer Mauá

5 de fevereiro de 2010

Grandes Veleiros no Píer Mauá

Um programa “imperdível” e só até este sábado.  Você pode ver estas jóias das armadas de vários países de pertinho,  por dentro e por fora.  Melhor ainda, é de graça.  Não deixe de ir e leve as crianças porque este espetáculo tem a frequencia do cometa Halley.  

Não deixe de dar uma olhada no site oficial do evento para obter informações completas, inclusive o horário de visitação:   http://www.grandesveleiros.com.br/

Tudo Pela Pátria

O estacionamento é fácil e tem lugar pra pequenas refeições e refrescos.  Mais uma sugestão, é melhor ir o mais cedo possível ou no final da tarde porque o calor não está fácil.

Mastro central do "Libertad"

O artigo “Píer Mauá”
(https://cariocadorio.wordpress.com/2010/02/02/pier-maua/ ), tinha a intenção de falar sobre a importância da revitalização do Porto do Rio de Janeiro para o desenvolvimento da cidade.  Mas depois que visitei a exposição, mesmo que  às carreiras na hora do almoço, concluí que esta exposição é ainda mais importante por si mesma.    Eventos como este são raríssimos e talvez não tenha tido a devida divulgação. 

"NVe Cisne Branco"

Eu ia escrever um texto cheio de informações e impressões sobre o evento mas prefiro poder publicar este artigo o mais rápido possível para incentivar a visita ao Píer Mauá. 

Fora do foco

Pra não dizer que falei de flores, sempre tem aquele que não perde a oportunidade para fazer propaganda política.  É uma pena mas isso não chega a arranhar a beleza do espetáulo.

Enfim, quem tiver a oportunidade de ir até lá não deve perdê-la.

Fotos: Grandes veleiros no píer Mauá, Mastro central do “Libertad” , NVe “Cisne Branco” e Fora do Foco (05/02/10, by Cariocadorio); Tudo pela pátria (05/02/10, by André Diniz)

PS: Mais fotos no link abaixo:
http://www.flickr.com/photos/cariocadorio1955/sets/72157623236663033/

Píer Mauá

2 de fevereiro de 2010

Veleiros no Píer Mauá

A presença dos veleiros das armadas sul-americanas no Píer Mauá bem como os navios de  cruzeiro atracados no cais dão a exata dimensão do potencial turístico e econômico da região do Porto do Rio de Janeiro.  Esta visão nos permite imaginar como ficará o porto do Rio de Janeiro após a implantação projeto do Porto Maravilha. Píers  perpendiculares ao cais permitirão a atracação simultânea de navios espetaculares que poderão ser vistos desde os jardins do reformado Píer Mauá. Este parque estaria livre da presença dos carros graças ao estacionamento subterrâneo projetado para a Praça Mauá.  (link do projeto da Porto Maravilha)

As confortáveis instalações do terminal marítimo, permitindo o desembarque, imigração e alfândega em vias suspensas facilitarão a vida do turista.  Lojas e restaurantes em áreas do porto providas de segurança e conforto incentivam o aumento dos gastos destes turistas no Rio de Janeiro.  Tornando-se uma atração por si mesmo, o terminal marítimo incentivará a procura do turismo por via marítima no Rio de Janeiro iniciando  assim um círculo virtuoso que durará enquanto a economia mundial o permitir.

 

Costa Mágica

Entre outros benefícios, o projeto do Porto Maravilha parece uma combinação perfeita entre a atração turística para estrangeiros e brasileiros associada ao lazer com custo mínimo para os cariocas.  

Mas de repente a gente acorda destas divagações sonhadoras e encara uma realidade menos promissora.  Observa que a beleza dos veleiros no píer Mauá só é possível porque a obra da primeira fase do projeto Porto Maravilha, anunciada em outubro passado, ainda não começou (link para “Praça Mauá – o renarcer” ).  Passados quatro meses a única coisa que se vê ainda é aquela enorme placa de 40 metros anunciando a obra em frente ao píer.  No final faz-se tudo correndo, a toque de caixa, materializando apenas uma pequena parte do que foi prometido e gastando cinco vezes mais do que o orçado.  E que se dane a qualidade.  Mas a inauguração será na data certa para que os políticos possam subir ao palanque.

A Placa

Não estamos aqui para jogar a toalha.  Este projeto é importantíssimo para o futuro do Rio de Janeiro.  Vamos acompanhá-lo buscando contribuir no que seja possível para que sua realização venha a beneficiar a cidade.

Fotos by CariocadorioVeleiros no Píer Mauá (Fev. 2010); Costa Mágica (Fev.2010); A Placa (Out.2009)